Podia ir pelo lado mais fácil para escrever este texto e refletir sobre o facto de saúde pública mais falado atualmente. Não o vou fazer.... Prefiro me debruçar sobre factos positivos.

Hoje abri a pasta do 40.º texto do Corpus Mathematicum. “Porque não escrever algo sobre isso?” pensei eu. “Mais... Porque não construir um texto de forma diferente?”

Depois de 40 textos e de muitas palavras, resolvi recolher uma retrospetiva de todos eles.... Selecionei 40 proposições (uma de cada texto) e montei tudo de modo a resultar um texto coerente. Espero ter conseguido!

Ora aqui vai:

“Considero-me um orgulhoso Professor de Matemática e todos os dias agradeço os alunos que tenho. Não me importo que me achem maluco, ingénuo.... O objetivo é incentivar quem, com a sua vasta experiência, quer fazer sempre mais e melhor. Só assim faz sentido. Porque não estabelecer metas para as suas declarações? Aprendemos sempre mais sobre o que é (realmente) ensinar Matemática, a verdadeira Matemática que tanto queremos desenvolver com os nossos alunos.

Como docentes de Matemática, na minha perspetiva, temos a missão de ensinar os nossos alunos a serem “mais” e melhores ao longo do tempo. Assim, e apesar das adversidades, é caso para dizer que, com tanto poder de decisão, há que aproveitar o que está em nossas mãos... Pois de certeza que um dia em que eles passem por nós na rua, irão nos reconhecer como Professores de o verdadeiro saber e não como Professores da resolução de Equações e de Regra de Três Simples.

Não sejamos conservadores na utilização de máquina de calcular em sala de aula. Nunca se sabe quando poderão dar jeito (e não é para fazer a contabilidade doméstica). Mas, por vezes, existe e faz parte do que é ensinar e aprender Matemática.

Se o aluno nunca tentou explorar, nem lhe deram a conhecer a beleza da Matemática como ciência, é normal que a sua perceção estética seja reduzida. Os alunos necessitam de espaço e de tempo mais alargados para aprenderem, para se adaptarem, para aprenderem a ser. 

O objetivo é claro... A aprendizagem e o desenvolvimento dos conhecimentos dos nossos alunos. Partilha, aprendizagem, reflexão. Sim! Tudo isto! Bastante importante! Como se de um trabalho de equipa se tratasse e que realmente é. Isso é o que irá ficar nos alunos e é o que se espera que eles levem da sua aprendizagem de Matemática. Só assim a perceção dos alunos se desenvolve. Mas é importante realizar uma reflexão cuidada acerca do intuito real que estes têm nas aprendizagens dos alunos e nas consequências que acarretam para a concretização da verdadeira missão de um professor de Matemática. É esperar para ver que tipo de decisões foram tomadas.

Calculemos os riscos, arrisquemos e se sair mal, na próxima vez melhora-se. A ideia é que, através da aplicação de tarefas, o sucesso da matemática passe a ser exponencialmente positivo, contrariando desta forma as tendências de insucesso atuais. O resultado desta equação será alunos que aprenderam e professores que ensinaram da forma como gostam. E o principal nisto tudo... 
Os docentes têm de se guiar pelo objetivo de formar futuros cidadãos informados e que sejam capazes de serem autónomos para enfrentarem os desafios do amanhã.

Assim, nunca nos podemos esquecer que nós, professores de Matemática, somos os principais agentes nesta contribuição que a Matemática poderá dar ao Mundo. Cabe a nós professores a obrigação de cumprir com estes objetivos. Sejamos didaticamente e matematicamente ativos. Só contribuindo agora, praticando o nosso dever como cidadãos e professores, poderemos mais tarde reclamar e protestar contra eventuais decisões políticas futuras.

Mas o que interessa é deveremos lutar para que eles sejam concretizados. A melhor parte da Matemática é a descoberta. Temos de nos lembrar que não estamos a formar apenas matemáticos. A sociedade pede investigação, trabalho em equipa, experimentação, análise e tratamento de dados. Percebe-se uma vez e a ideia ficará para sempre. As aulas animam e os alunos desenvolvem-se e envolvem-se numa área que afinal está mesmo muito presente no dia a dia da sociedade e que possui várias aplicações.

Quando os nossos alunos evoluem, se envolvem e reagem às propostas matemáticas que aplicamos, quando os alunos estão bem e se manifestam de forma positiva, nós estamos no bom caminho para sermos os SUPER Professores de Matemática. Mas todos conseguem fazer alguma ou mesmo muita Matemática!”