E chegou então o período de desconfinamento. Finalmente! E tudo na educação muda novamente. Não que mudança seja sinónimo de não evolução. Antes pelo contrário... Mudança significa progressão e aprendizagem.
O número de alunos passou a ser mais reduzido por sala de aula. O distanciamento social de dois metros é obrigatório. O uso de máscara é imposto pelas diretrizes do Ministério. Como lidar com estas regras dentro de sala de aula, sendo a comunicação, a expressão facial e o envolvimento social o principal meio de passagem da informação a ensinar?
Mais uma vez, os professores adaptam-se. Tentam arranjar meios alternativos que possam fazer com que tudo volte a ser mais estável. Novos modelos de ensino se avistam. Novos pressupostos e tipos de organização de trabalho dão-se a conhecer. O mais importante será a aprendizagem que cada professor levará desta nova “experiência”.
O que se conquistou até agora com este confinamento permite perceber que o ensino é muito mais e pode ser muito mais do que estar numa sala de aula durante 3 a 4 horas semanais para aprender e ser orientado.
Aprender é descobrir de forma autónoma... É concluir sem ajudas... É aprender para a vida.
Ensinar é orientar... É ajudar quando já não conseguimos sozinhos... É resumir o essencial... É deixar tropeçar para depois voltar a erguer quem tropeçou.
Claro que tudo isto é ainda uma experiência. Estamos a explorar uma situação nunca antes testada, nunca antes vivida. Logo, este desconfinamento ao 11.º e 12.º anos podem ser uma lição para o que vai ser estendido ao resto do ensino, provavelmente, em Setembro.
Cabe-nos a nós professores aprender com esta nova fase. Experienciar novas situações e discutir novas ideias. Mais uma vez temos a oportunidade de ser os heróis (mais ou menos reconhecidos) de toda esta situação, pois apesar do país parar, nós cá continuamos sempre a trabalhar.